Exaustor: função, tipos, instalação, manutenção e como escolher um!

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Hoje em dia, é inconcebível montar uma cozinha sem incluir um exaustor. É uma peça de carácter essencialmente funcional, mas que, actualmente, surge com um design cada vez mais apelativo que não destoa no todo que é a cozinha. Trata-se, assim, de um electrodoméstico que alia a conveniência à estética. Prova disso são os exaustores das cozinhas que ilustram este livro de ideias.

O exaustor tem como função primeva remover os odores da cozinha, ajudando a que ela se mantenha limpa. Além do mais, livram o ambiente dos fumos que se geram quando se está a cozinhar. Ao mesmo tempo, e cada vez mais, se assumem como ponto focal do espaço enquanto extensão do estilo e gosto dos proprietários. 

Se está no processo de equipar a sua cozinha ou se, tão-somente, pretende substituir o seu exaustor antigo por um novo, então este artigo é para si. Saiba mais sobre este aparelho tão importante para purificar o ar da cozinha – e, subsequentemente, da casa - e tornar o uso desta divisão mais cómodo.

​1. O que é um exaustor e para que serve?

Antes de mais, convém aclarar conceitos. O que é, afinal de contas, um exaustor? Que funções cumpre este electrodoméstico?

Ora, o exaustor é um aparelho que elimina o ar viciado – isto é, o ar precedentemente fresco que se tornou impuro -, os fumos, os vapores e os maus cheiros. É, por norma, utilizado em cozinhas – privadas e industriais -, embora também possa surgir em recintos fechados. Este tratamento do ar dá-se pela via da exaustão – daí o nome – ou depuração dos gases.

O exaustor deve, numa cozinha, ser colocado sobre o fogão e forno para evacuar, de imediato, o ar impuro e gorduras que estes produzem. A não existência de um exaustor, para além dos efeitos nefastos que tem no ar da cozinha, leva a que as superfícies da mesma depressa se tornem sujas e engorduradas.

Os sistemas de aspiração dos exaustores dividem-se entre o de evacuação e o de recirculação. O primeiro transporta o ar da cozinha, filtra-o e leva-o para o exterior. O de recirculação, como se percebe pelo nome, devolve o ar filtrado e limpo à cozinha, ou seja, não o expele para o exterior.

​2. O que deve ter em conta antes de comprar exaustor?

Sim, é verdade: há toda uma ciência nesta coisa de comprar um exaustor. Pondere os seguintes pontos:

  1. Custo: como sempre, o preço é um ponto a considerar. A maior parte das pessoas guia-se por um orçamento, pelo que convém analisar várias opções e chegar a conclusões baseadas na relação qualidade-preço. Há exaustores extremamente sofisticados, mas há, também, unidades simples e de confiança que servem, na perfeição, uma cozinha standard. Há vários factores que podem encarecer o exaustor como os controlos digitais, o facto de terem motores silenciosos, o design, entre outros.
  2. Potência: a potência de um exaustor mede-se através dos metros cúbicos de ar que ele limpa numa hora. Calcule a potência do exaustor consoante o tamanho da cozinha. O exaustor deve absorver o ar de entre seis a oito vezes o volume do espaço.
  3. Ruído: o ruído que o exaustor produz é uma das principais desvantagens deste electrodomésticos. Há momentos em que se torna tão exaustivo, que o fechamos e nos esquecemos da questão dos fumos e odores! Quantos mais decibéis o exaustor tiver, mais ruído vai gerar. A boa notícia é que, nos exaustores modernos, o ruído já pode ser ajustado e há, inclusive exaustores silenciosos. Além do mais, pode optar por um exaustor sem motor (hotte) ou por montar o motor no exterior do espaço. Um nível inferior a 60 decibéis é o melhor para a cozinha.
  4. Consumo de energia: para bem do planeta, opte por um exaustor que pertença a uma classe eficiente. Pode ver a classe dos electrodomésticos na etiqueta de energia colada nos mesmos. Os equipamentos abrangidos pela classe energética A+, A++ ou A+++ levam a uma poupança média de aproximadamente 20%, 40% e 60% em comparação com os de classe A. No que aos filtros do exaustor diz respeito, pode, também, fazer uma escolha mais ecológica. Em fez de um modelo que use filtros descartáveis, favoreça um modelo com filtros metálicos permanentes que podem ser lavados à mão ou colocados na máquina de lavar louça.
  5. Estética: a eficiência é tudo, mas se o exaustor se inserir na cozinha de forma harmoniosa, valorizando-a do ponto de vista estético, tanto melhor.

​3. Que tipos de exaustor existem?

Para além das características acima mencionadas, importa ter em conta os tipos de exaustores que existem.

São eles:

  1. Os exaustores integrados: são os mais populares no mercado. Surgem montados sob o armário superior que, por sua vez, está sobre o fogão. As tubagens destes exaustores estão, por norma, inseridas na parede contígua ou no tecto. Alguns são fixos, outros podem ser puxados, deslizando para a frente e abrangendo, desta forma, uma área de exaustão maior.
  2. Os exaustores de chaminé de parede: se não houver armários superiores, pode-se optar pela instalação de um exaustor de parede. Neste caso, as tubagens ficam ligadas directamente ao exterior, agilizando a ventilação do espaço.
  3. Os exaustores de chaminé em ilha: as ilhas de cozinha estão na moda e é nelas que se incorporam, não raras as vezes, os fogões. Desta forma, o exaustor tem que ser colocado no tecto de forma a desembocar sobre o fogão. Este exaustor expulsa os fumos através de uma chaminé no tecto.
  4. Os exaustores sem tubagens: os fumos são direccionados para longe do fogão, mas não expelidos da cozinha. Porém, este tipo de exaustor filtra o óleo e outras partículas, libertando um ar renovado e com menos odores.

​4. Como instalar o exaustor?

Sugerimos que se aconselhe junto do fabricante ou do seu designer de cozinhas caso esteja a ser acompanhado por este profissional no projecto da sua cozinha. Os exaustores são, normalmente, instalados entre 45 a 75 centímetros acima das fontes de calor. Lembre-se que deve continuar a ter espaço para cozinhar, mas, ao mesmo tempo, evitar que os vapores e fumos se evadam pelos lados.

De modo a optimizar a filtragem do ar, lembre-se de substituir ou lavar os filtros e de manter uma ligação desimpedida com o exterior para maximizar o fluxo de ar.

​5. Exaustores de casa de banho ou extractores de casa de banho: o que são, que tipos existem e de que potência precisam

As casas de banho são espaços pequenos com altos níveis de humidade. É, por isso, essencial a instalação de um extractor de casa de banho (usa-se mais a palavra extractor do que exaustor quando nos referimos a uma casa de banho). Trata-se de um dispositivo eléctrico e pequeno que é instalado no tecto para arejar e ventilar a divisão. A existência de um extractor de casa de banho evita, além do mais, a formação de bolor e a manter, por mais tempo, as paredes, tectos e juntas em bom estado.

5.1. Que tipos de extractores de casa de banho existem?

Os extractores de casa de banho podem-se distinguir em dois tipos: axiais e centrífugos.

Os extractores axiais são colocados no tecto e adequam-se a instalações de condutas reduzidas. Os helicoidais – que se instalam nas janelas ou paredes exteriores sem condutas de evacuação – inserem-se neste grupo.

Os extractores centrífugos são mais potentes do que os anteriores, pelo que se adaptam a instalações em que as condutas de evacuação são mais longas (até 50m).

Os extractores de casa de banho podem ser activados por via manual (através de um interruptor), por detecção de presença (quando alguém entra no espaço), pelo nível da humidade (ligam automaticamente quando o ambiente está muito húmido) e por temporizador (desligam-se ao fim do tempo necessário para renovar o ar).

5.1. Potência

Como é óbvio, a potência não precisa de igualar a dos exaustores de cozinha já que se trata de um espaço mais pequeno. Na casa de banho, a potência dos extractores vai dos 8 aos 35 watts. Quanto mais potentes os motores, maior o nível de ruído.

​6. Exaustor industrial

Como o nome sugere, o exaustor industrial designa um aparelho de ventilação industrial que é fundamental para preservar a qualidade do ar num ambiente industrial.

Tal como os exaustores de casa e de cozinha ou casa de banho, também estes são responsáveis por renovar o ar e proporcionar um ambiente confortável e um ar respirável a quem trabalha em locais dedicados à indústria química, automóvel, entre outras.

Negligenciar a instalação deste aparelho num espaço industrial fechado pode levar a que funcionários e clientes venham a enfrentar problemas de saúde graves.

Mas nem só nestes locais são instalados os exaustores industriais. Os parques de estacionamento também carecem de ventilação à semelhança de outros espaços fechados como ginásios, centros comerciais, armazéns, e assim por diante.

Nas áreas da hotelaria e restauração, usam-se, ainda, exaustores de fumos ou extractores de fumos.

A escolha de um exaustor industrial depende de vários factores, pelo que é pertinente consultar uma empresa da área.

​7. Que cuidados deve ter com o seu exaustor?

Só vale a pena ter um exaustor se este funcionar devidamente e, para que isso aconteça, são necessários alguns cuidados. Já lhe escrevemos, aqui na homify, sobre o assunto. Todavia, relembramos aqueles que, a nosso ver, são os pontos-chave no que toca a este assunto: 

  1. confirme a certificação do exaustor anualmente; 
  2. contrate um técnico que verifique se o ar está a fluir adequadamente; 
  3. mantenha os deflectores desobstruídos e intactos;
  4. não coloque objectos sobre o exaustor, mantenha-o desimpedido ao máximo para o ar circular com normalidade; 
  5. evite correntes de ar ao pé dos exaustores já que estas puxam o ar contaminado e devolvem-no à zona de respiração.

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* Fontes: Leroy Merlin; Megaclima; 

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