Arquitectura típica num monte alentejano

Elisabete Figueiredo – HOMIFY Elisabete Figueiredo – HOMIFY
Monte da Dourada, André Pintão André Pintão Casas do campo e fazendas
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Quem, vivendo na correria de uma cidade, nãos sonhou com uma casa de campo? Quem, em determinada altura da vida, não almeja retirar-se para um destino mais longínquo, onde o tempo passe mas devagar?

O Alentejo surge muitas vezes como esse destino idílico, esse retiro de paz e mansidão, e ter um monte alentejano afigura-se como um objectivo quase incansável. Mas por vezes não é preciso possuir uma casa naquela região para usufruir de uns dias na sua paz, e por isso os empreendimentos de turismo rural multiplicam-se, investimentos sonhados por quem herdou ou conseguiu comprar uma desses deliciosos montes com casinhas brancas!

O projecto que hoje lhe queremos apresentar é um desses casos, em que a vontade e o investimento dão vida a casas antigas no meio de oliveiras e chaparros, para deleite de quem ali consegue passar uns dias de absoluto contentamento. A autoria é do arquitecto ANDRÉ PINTÃO, de Lisboa, e nós na homify ficámos com a certeza que é genial.

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Vista da entrada

A casa já tinha a beleza natural de uma construção típica alentejana, com o seu traçado simples, as suas paredes espessas em alvenaria de pedra (pensadas para isolar tanto o frio como o calor), as portas e a chaminé tão característica destas paragens, onde se pode ler a data de construção da casa. Mas a sua importância arquitectónica acabava aí… O restante da construção que compunha o monte era de fraca qualidade e urgia valorizar o que de mais tradicional a construção oferecia, ao mesmo tempo que se adicionavam as características que iriam fazer dela uma casa de turismo. 

Assim a ideia é valorizar a estética exterior e a paisagem, mudando tudo lá dentro. O objectivo do projecto foi criar quatro fogos independentes entre si, suficientemente próximos para comunicarem entre si, mas mantendo a sua privacidade. 

Os renders do projecto, que hoje lhe mostramos, apresentam-nos uma casa típica por fora, moderna com um toque de antigo, por dentro.

Vista da fachada principal

Terraços virados a poente

A toda a volta da casa, pelo exterior do complexo, há terraços que permitirão aos moradores temporários usufruírem das delícias que a agreste paisagem alentejana proporciona, sejam as oliveiras, as figueiras do terreno ou simplesmente o horizonte.

Acessos

Pelos passeios de calçada, e através arco mantido e restaurado, entra-se na casa, penetrando num pátio interior feito de paredes brancas, portas azuis e calçada de pedra da região, e é aqui que encontramos as entradas para as habitações.

Entrada

Esta entrada é diferente, ousada, moderna, mas continua a ter o ar de habitação tradicional, tal como se queria para o projecto.

Dentro do complexo

O ambiente planeado tem um quê de mourisco, que apesar da sua modernidade nos remete para tempos antigos. As paredes caiadas, alvas e brilhantes, combinadas com o azul-cobalto transmitem sempre a sensação de familiaridade da arquitectura desta região, mas o tom de azul usado é diferente, mais ousado, único deste projecto. Uma reinterpretação bem actual e diferente do monte alentejano antigo e original!

As habitações têm tipologia T0 ou T1 e ocupam cada um dos ângulos da construção original, tendo orientações diversas e opostas. 

Uma das casas T1 aproveita a lareira térrea original, virando-se a nascente, com vista sobre o olival. O outro T1 é-lhe simétrico, abrindo-se para poente, sobre o tanque e o poço. Os T0 estão no lado oposto, virando-se a sul, mas com enquadramentos paisagísticos diferentes.

Os interiores

No interior todas as habitações foram dotadas de um open space com kitchenette aberta para a sala de estar. A área de cozinha é eminentemente moderna, mas a sua cor azul sobre as paredes alvas inspira a mesma sensação de vinculação a algo tradicional, que se sente ao observar o pátio exterior.

Este projecto acaba aqui, mas nós temos muito mais para lhe mostrar! Leia também o artigo ’Um monte alentejano – o sonho de uma vida!’ e descubra outro magnífico monte alentejano, desta vez ainda mais tradicional.

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