Pintura de interiores: pinte a sua casa como um pró!

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
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Pintamos o interior da nossa casa por dois motivos: porque tem que ser ou porque faz falta uma mudança na decoração. Podemos ter que pintar porque as paredes já são antigas e exibem manchas ou outros problemas estruturais e inestéticos que, obviamente, têm que ser resolvidos antes de qualquer pintura. Por outro lado, podemos, simplesmente, querer alterar a atmosfera de uma ou de mais divisões, como a sala de estar, e, para isso, não há nada mais fácil do que pintar as paredes – ou só uma parede - dentro dela(s).

Pintar é um dos recursos decorativos mais simples e baratos que há. A menos que se trate de uma superfície ampla ou em mau estado, podemos pôr mãos à obra sem ter que recorrer a um profissional. Para quem gosta destas andanças é até uma tarefa divertida.

Neste artigo, deixamos-lhe algumas dicas para pintar a sua casa como um pró. O que deve ter em conta antes de começar a pintar? De que precisa para pintar? Qual é a melhor altura do ano para fazer?

Responderemos a estas e a outras questões na continuação. Acompanhe-nos e, já sabe, tome nota.

Vamos a isso?

​1. Antes de começar a pintar, tem que preparar o espaço

Parece evidente, mas com o entusiasmo de ver as diferenças que uma pintura vai fazer em casa, há quem se esqueça deste passo: a preparação.

Lembre-se que ser-lhe-á muito mais fácil pintar o interior de um espaço se não houver obstáculos. Nesse sentido, tire da frente tudo aquilo que o possa constranger.

Comece por arredar os móveis. Pode concentrá-los a meio da divisão ou removê-los. Faça o que lhe der mais jeito. Se os colocar a meio da sala, não se esqueça de os cobrir com lençóis ou plásticos.

Depois, analise o estado da parede e repare buracos ou fendas com massa. Reparadas as imperfeições, limpe a parede com um pano seco ou ligeiramente húmido para remover a poeira e outro tipo de sujidade que, apesar de não ser visível, está lá.

Por fim, deve proteger o chão – sobretudo na base da parede – e usar adesivos para a tinta não sujar janelas, portas ou tomadas e para os limites ficarem direitos.

​2. Escolha as cores com ponderação

Escolher a paleta cromática para o interior da nossa casa tem que se lhe diga. Por vezes, nem sempre a cor que mais gostamos é a que melhor vai servir o espaço. Só o simples facto de entrar pouca luz natural em determinado ambiente pode determinar a forma como a cor lhe vai assentar.

Para impedir que isso aconteça, deve pedir uma amostra da cor – ou cores – na loja e experimentá-la na parede. Deixe que ela seque para ver como realmente fica de dia e de noite e com a luz de que dispõe e tome uma decisão em função disso.

Aconselhamo-lo, ainda, a experimentar mais do que uma cor. Pode ter agradáveis surpresas e acabar até por escolher um tom em que não tinha inicialmente pensado.

Neste processo, vale ter em conta que as cores escuras emprestam profundidade e textura aos espaços e que ficam particularmente bem em divisões amplas com tectos altos. Por outro lado, divisões exíguas beneficiam de uma paleta mais clara e alegre.

No mais, se a cor que escolheu, depois de vista em grande escala, não o agradar, pode sempre pintar novamente. É a vantagem de ser tão barato!

​3. Use um primário e pondere o acabamento

É verdade. Não basta pegar num balde de tinta e num pincel e já está. O uso de um primário (primer) é importante para a tinta aderir melhor às superfícies e para garantir a durabilidade da pintura. Além do mais, o primário faz com que a cor, após a aplicação, se aproxime o mais possível do que é sem que sejam necessárias mais demãos.

E do primário, vamos aos acabamentos. Existem tintas com um acabamento mate, brilhante, semi-brilhante ou até mesmo acetinado. Na lata de tinta, encontrará essa informação e, claro está, pode colocar a questão na loja. Os acabamentos brilhantes (glossy) asseveram a durabilidade da pintura, mas também põem em evidência qualquer imperfeição. Pelo contrário, se aplicar duas demãos casca de ovo (eggshell) como acabamento conseguirá aliar o melhor dos dois mundos: dar algum brilho à parede e torná-la fácil de limpar sem dar ênfase a falhas, por mais pequenas que sejam.

​4. Verifique as condições meteorológicas

Como é do senso comum, as condições atmosféricas afectam a forma como a tinta adere à parede. Escolha um dia soalheiro, mas que não esteja demasiado quente. Entre os 17º e os 25º é o ideal porque o calor misturado com os cheiros tóxicos pode ser prejudicar à nossa saúde. Se vir que vai chover, programe a pintura para outro dia. A Primavera é uma boa estação para tratar disso.

​5. Calcule as quantidades

Sabia que os sites mais conhecidos de tintas têm uma calculadora para lhe permitir calcular a quantidade de que precisa? Na calculadora, terá que seleccionar o tipo de tinta e depois inserir as medidas da parede em m². À medida total da parede subtrai-se o espaço ocupado pelas janelas e portas. Ser-lhe-á apresentada a quantidade de tinta necessária por demão e o número de latas de que vai precisar. Os valores são apenas aproximados e podem variar consoante outros factores.

Sugerimos que compre sempre tinta a mais na eventualidade de mais tarde querer retocar ou usar a mesma cor para outra parede do espaço.

​6. Reúna todos os materiais necessários

Muitas famílias já possuem alguns destes materiais em casa. Porém, se é a primeira vez que vai pintar os interiores da sua casa, então muna-se com os seguintes objectos: óculos de protecção, luvas de borracha, primário, tintas, massa para cobrir eventuais falhas, espátula para passar a massa, lixas, rolos de pintura, pincéis, fita crepe, extensor de rolos para aceder a áreas altas, bandeja para despejar a tinta, escada, protecções para chão e móveis. 

Se tem algum problema respiratório, use uma máscara. Aliás, pode usá-la independentemente disso para não respirar cheiros tóxicos. Se o problema respiratório for grave, não pinte de todo e contrate um profissional.

​7. Use pincéis para os cantos e o rolo para o meio

Já observou um trabalho de pintura? Então, terá por certo reparado que se começa por pincelar os cantos, tectos e rodapés e só, depois, se passar o rolo no meio. Isto acontece porque estes recantos específicos requerem um trabalho mais minucioso que deve ser levado a cabo com pincel porque o rolo não chega lá.

​8. Segunda ou terceira demão, mas só depois da primeira estar bem seca

Pintar bem uma parede não é tarefa para impacientes. É um erro comum aplicar várias demãos sem deixar secar correctamente cada uma. Não faça isso. Certifique-se de que a superfície está bem seca antes de avançar para a próxima demão. Para abreviar o processo, mantenha portas e janelas abertas e coloque uma ventoinha no espaço.

​9. Pinte de baixo para cima

Coloque o rolo na vertical e comece a pintar de cima para baixo para aproveitar e cobrir a tinta que escorre quando começa a pintar por cima. Depois, passe da esquerda para a direita para tapar os pontos que ficaram por cobrir. Esta lógica é a mesma que aplicamos a ler pelo que o nosso cérebro já está habituado.

​10. Profissionais que o podem ajudar

Se pintar a casa não é de todo uma tarefa que se veja a fazer, então contrate um profissional. Procure um contacto na nossa lista de pintores. Pode afunilar a pesquisa através da inserção do seu código postal ou nome da área de residência.

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