Como construir uma casa de alta qualidade com pouco dinheiro

Elisabete Figueiredo – HOMIFY Elisabete Figueiredo – HOMIFY
Isolamento Térmico - B, RenoBuild Algarve RenoBuild Algarve Casas mediterrâneas
Loading admin actions …

Vive em casa arrendada? Ou ainda mora com os pais? Num país em crise, em que os salários médios são baixos isso não é de estranhar, é uma realidade cada vez mais presente na vida das famílias portuguesas.

No entanto é sabido que ter casa própria é o sonho de muitos. Infelizmente a sua concretização está ao alcance de apenas alguns. E mesmo quando o sonho se materializa é muitas vezes sob a forma de um apartamento comprado, novo ou em segunda mão, mas no qual raramente os proprietários tiveram uma palavra a dizer sobre os materiais de construção.

E temos de ser sinceros… Construir uma casa não sai barato! Mesmo com um controlo rigoroso dos custos é sempre necessário um investimento monetário vultuoso, normalmente um compromisso para a vida.

Mas se está decidido a construir a sua casa de raiz parabéns, vai vai concretizar a sua ambição! 

Sabemos que o seu orçamento provavelmente é limitado, e por isso queremos mostrar-lhe que há algumas estratégias que lhe podem assegurar que consegue faze-lo ao mais baixo custo e mesmo assim ter a casa dos seus sonhos, com os mais elevados padrões de qualidade.

No artigo de hoje apontamos caminhos para construir uma casa a baixo custo mas de alta qualidade. Venha connosco, vamos conhecê-los!

Fatores que afetam os custos

E aqui começa a sua viagem de conquista de um ideal! Mas começam também as contas e as dores de cabeça. Para evitar derrapagens orçamentais tão graves que o façam interromper o seu projeto planeie tudo com muito cuidado! Pesquise terrenos, materiais e profissionais. Peça orçamentos detalhados. Faça medições e cálculos precisos. Leve o seu plano ao detalhe e controle cuidadosamente os pagamentos. E conheça a fundo os fatores que vão influenciar os custos!

Existem inúmeros fatores que afetam os custos de construção, mas aqui vamos agrupá-los em quatro categorias:

– Tamanho do projeto – o poder desta variável parece é óbvio. Se planeia uma casa grande, de construção complexa e acabamentos topo de gama, a sua casa será mais cara. Mas não é tão simples como parece à primeira vista. Muito mais importante do que o tamanho da casa é que que vai ser feito com esse tamanho. Optar por acabamentos caros vai fazer disparar o custo por metro quadrado, o que significa que no fim pode ter um quarto pequeno e mas cheio de acabamentos de luxo muito mais caro do que um quarto enorme, apenas com paredes pintadas e chão de cimento. Na verdade os acabamentos podem significar 40% do valor final da sua casa e como tal a sua escolha deve ser feita com muito discernimento e controlo.

– Preço do terreno – se tiver sorte e já for proprietário do terreno pode baixar muito o preço final da sua casa porque a base já não vai ser contabilizada. Mas mesmo assim cuidado! Avalie muito bem as condições desse terreno há fatores como a inclinação, cursos de água, dureza do solo e muitos outros que podem tornar a construção muito mais cara ou mesmo invalidá-la. E pode ser mais barato comprar outro terreno do que construir no seu. Os mesmos problemas se colocam ao adquirir um terreno, por isso o melhor é pedir conselhos a profissionais.

-Complexidade do projeto – este é um dos fatores de custo que mais pode fazer variar o valor do seu projeto. Cada ângulo desigual, desvão de telhado de telhado, varanda, sacadas ou desnível aumenta a complexidade de construção e logo aumenta os seus custos.

- Acabamentos e acessórios – é esta a variável que mais tende a fazer ultrapassar o orçamento. A tentação de instalar acabamentos de luxo é grande e se não controlar muito bem os gastos a surpresa pode ser muito negativa. Se tem um orçamento apertado foque-se na casa de banho e na cozinha. Estes dois espaços sofrem muita utilização e desgaste por isso escolha para eles materiais de qualidade e duradouros, deixando os outros compartimentos mais simples e acrescentando pormenores a posteriori.

Passo 1 – Design

O design vai determinar a complexidade do seu projeto.

Partamos de duas plantas de casas simples: Uma casa clássica de dois pisos retangulares, e uma casa colonial também com dois pisos mas com com duas águas furtadas no telhado e uma abóbada no átrio de entrada, de dimensões iguais e com acabamentos idênticos. A área útil da casa não é afetada, mas a casa colonial vai com certeza ter mais custos devido às suas particularidades arquitetónicas, que tornam o projeto mais complexo.

Assim conseguir a sua casa de sonho pode significar simplicidade. As casas modernas, lineares e simples, estão na moda e podem baixar muito os custos de construção. Mas se esse não é o seu estilo pode fazer como na casa da imagem. De estilo campestre mas de planta muito simples, é nos acabamentos que o estilo se impõe. Evite extravagâncias arquitetónicas e conseguirá uma casa mais barata!

Passo 2 – Escolha do material para as paredes e estrutura de suporte

A solução mais em conta, e também a mais vulgarmente usada para a construção das paredes é a alvenaria em tijolos de cerâmica. Mas existem outras soluções em conta como a madeira ou o drywall (placas de gesso). O betão armado é uma solução durável mas mais cara. Se pretender resistência a um preço inferior ao do betão armado a solução são placas de betão pré-formadas.

As fundações, para maior durabilidade e segurança, não devem ser alvo de poupanças, pelo que o betão armado e a pedra impõem-se.

A pedra é um material muito resistente, mas também muito caro. Se gosta de pedra, mas o orçamento não permite que a estrutura da casa seja em pedra considere construir apenas uma parte, ou algumas das paredes exteriores em pedra. E se não for mesmo possível construir em pedra existe sempre a solução de fazer em alvenaria e revestir em pedra por fora. O efeito é semelhante mas muito mais barato.

Passo 3 – Economizar de base

Se pretender economizar de base pode optar por uma casa pré-fabricada ou interligar módulos prefabricados na estrutura permanente e de construção dita convencional. Com esta tecnica ganha tempo e poupa bastante dinheiro, sem prescindir dos mais altos padrões de qualidade, pois este tipo de casas ou módulos são hoje em dia fabricados com um conjunto de regras e padrões que não deixam margem para erros. Podem mesmo ser uma solução melhor do que construir toda a casa de raíz.

Veja por exemplo a casa da imagem. Faz parte de um módulo pré fabricado e tem uma construção irrepreensível, para além de ser estéticamente muito atraente!

Ficou interessado em saber mais sobre casas modulares préfabricadas? Então leia também o artigo ’Casas modulares: 10 ideias com futuro’.

Passo 4 – Isolamento térmico e aquecimento

A ideia é poupar, mas há coisas de que não devemos nunca prescindir! O isolamento é fundamental e investindo um pouco na fase de construção irá com certeza poupar muitíssimo ao longo dos anos de utilização.

Uma casa bem isolada necessita de muito menos aquecimento, mas também de muito menos arrefecimento, e por isso os gastos energéticos serão muito mais baixos.

É comum ignorar as paredes exteriores quando toca ao isolamento térmico, concentrando os esforços em janelas, portas e sótãos. Sendo certo que esses são os responsáveis pelas perdas mais relevantes, ignorar as paredes exteriores é um erro que terá consequências a nível financeiro, pois o calor dissipa-se pelos materiais de construção e pelas tubagens.

Não excluindo outros materiais que possam existir, para as paredes interiores e de fachada um dos materiais mais baratos e com uma boa eficiência é a lã mineral. As placas de isolamento como as da imagem de um projeto da RenoBuild Algarve, são também uma excelente opção de qualidade e preço para paredes exteriores e tetos.

Passo 5 – Sistemas de janelas

As janelas mais divulgadas no nosso país são as de alumínio e as de PVC. É certo que também há as de madeira mas deixemo-las fora desta equação devido ao preço de custo e de posterior manutenção.

Quando pensamos em alumínio a primeira imagem que aparece é a daquelas calhas antigas, cinzento-metalizado, feias e em desuso. Mas já não tem de ser assim. O alumínio tem muitas vantagens e pode ter inúmeros acabamentos e cores. A principal vantagem do alumínio é o seu preço preço acessível, mas também a sua durabilidade, força e alta resistência contra a humidade e deformação. Como têm um peso baixo, estas janelas são fáceis de transportar e instalar.

Mas os sistemas de alumínio não proporcionam o melhor desempenho de isolamento térmico e isolamento acústico. Nestes pontos o PVC é muito mais eficaz. No entanto o seu preço é sensivelmente mais elevado, e por isso a melhor relação qualidade preço numa casa com um orçamento limitado será provavelmente o alumínio.

Pesquise, planeie, faça escolhas pesando o que é mais importante para si. E peça ajuda a profissionais. Eles podem indicar-lhe o melhor caminho para a sua situação. Será um investimento importante, que poderá evitar gastos desnecessários.

Precisa de ajuda para projetar a sua casa?
Entre em contato!

Destaques da nossa revista