Como manter a minha casa quente sem aquecedor?

Elisabete Figueiredo – HOMIFY Elisabete Figueiredo – HOMIFY
Curtains, Cabbages & Roses Cabbages & Roses Portas e janelas rústicas
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Já reparou na sua conta de eletricidade durante o inverno? Ou será a de gás? Ou o preço da lenha está pela hora da morte?

Seja qual for a fonte de energia usada, com o tempo frio os gastos disparam para valor a roçar o deprimente. É certo que este ano temos tido um inverno ameno, mas ainda assim o friozinho às vezes é desagradável!

Por isso muitas vezes damos por nós a pensar em maneiras de manter a casa quente, sem arruinar o orçamento familiar. Não podemos esquecer que os gastos com aquecimento representam quase 10% em média, nos orçamentos das famílias portuguesas!

Mas sejamos sinceros, nem sempre é fácil manter uma casa quente, mesmo estando disponível para gastar muita energia. Em casas antigas, com pouco isolamento, pode ser uma tarefa impossível, ainda que os espaços não sejam muito grandes.

Muitas vezes a solução para estes problemas resume-se a técnica e engenho, a conhecer os problemas a fundo e a aplicar algumas táticas simples. E é disso que tratamos no artigo de hoje!

Vamos conhecer a fundo alguns problemas do aquecimento em nossas casas e formas de os ultrapassar, sem sobrecarregar as contas ao fim do mês. Missão impossível? Descubra já!

Conheça o efeito chaminé e não use lareira

Vamos conhecer o inimigo número um: – o efeito chaminé! Nunca ouviu falar? É explicado por uma lei da física, mas não vamos tão longe! Basta saber que se trata do movimento do ar para dentro e para fora dos edifícios devido às diferenças de pressão, e que os torna numa espécie de chaminés. Em termos muito simples o que se passa é que o ar quente é menos denso do que o ar frio e por isso vai subir, escapando-se por qualquer fresta que exista em cima, e arrastando consigo ar frio através de aberturas em baixo, o que vai provocar correntes de ar muito desagradáveis. Quanto maior for a diferença térmica e a altura da estrutura, maior será a força de flutuação, e este efeito é ampliado. Por isso se vive numa casa de vários andares o seu problema é ainda maior!

Se tem uma lareira saiba que as grandes diferenças de temperatura entre o ar dentro da chaminé e o ar exterior, aliadas à altura da chaminé, ampliam muito este efeito o que pode levar a que puxem para dentro de casa uma quantidade de ar frio maior do que o calor que geram o que resulta em perdas de calor efetivas.

A esta altura o leitor já deve estar a desesperar… Mas tenho de acabar com as noites românticas à lareira??

Bem, se a sua lareira ainda for simples, e estiver mesmo decidido a não gastar mais dinheiro, a resposta é sim. O melhor é limitar essas noites a eventos especiais, encontrar outra solução para aquecer o espaço e ir pensado em adquirir um recuperador de calor ou pelo menos em instalar uma porta na lareira. Isto vai acabar com o efeito chaminé e tornar o rendimento da sua lenha muito mais eficiente.

E não se esqueça de tapar a chaminé quando não estiver a usar a lareira, porque senão o malvado efeito vai-se fazer sentir e vai continuar a perder calor. Se existir use o regulador na posição de fecho. Se não tiver pode improvisar uma tampa. Só tem de se lembrar de a tirar quando usar a lareira… Ou o fumo vai invadir a sua casa e pode ser perigoso!

Sele outras fugas de calor

Mas além da lareira existem vários outros vilões das perdas de calor em sua casa! Frestas de portas e janelas com borrachas de selagem danificadas, ou sem elas, são as principais culpadas. Mas há mais, e por vezes não é assim tão fácil de identificar as fontes de correntes de ar. Tetos sem isolamento, respiradouros em cozinhas e casas de banho, rachaduras nas paredes, áreas danificadas…  

Como solução de recurso, para além de fitas de isolamento nas portas e janelas, pode usar os tradicionais chouriços nas frestas inferiores das portas. No entanto se já tomou todas as medidas quanto a portas e janelas e ainda sente que existem correntes de ar experimente usar uma vela. Vá de divisão em divisão com uma vela acesa e passe junto rachaduras, juntas ou qualquer outro local onde suspeite haver entrada de ar frio. Quando a chama oscilar, tem a sua resposta, e pode começar a tratar de isolar. 

Deixe entrar o máximo de luz do sol que conseguir

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Aproveite as prendas da mãe natureza! Durante o dia deixe entrar a luz do sol o máximo que conseguir. Abra as persianas ou as portadas e as cortinas, e deixe o ambiente aquecer. Mesmo no inverno a luz do sol, ampliada pelos vidros das janelas, é quente.

Se as cortinas são um fator essencial para o isolamento em sua casa há um pequeno truque a que pode recorrer para continuar a ter o seu isolamento sem perder o calor do sol. Instale um varão provisório por trás do varão da cortina normal, e pendure cortinas de duche transparente. De manhã abra as cortinas opacas e deixe o sol entrar através das outras. Mantém o isolamento e consegue luz solar, sem furar as paredes. No verão é só tirar e guardar!

Não deixe o calor escapar-se pelas janelas

Mesmo com fitas isoladoras as janelas podem deixar escapar algum desse precioso calor que tanto nos custa obter, por isso não se esqueça de as correr assim que chegar a casa. E se possível antes de a noite cair, embora no inverno isso seja quase impossível para quem trabalha!

Se vive numa zona particularmente fria, ou o seu isolamento de janelas ainda não é o melhor, pense em instalar cortinas bem grossas para o inverno como as da imagem. São da Cabbages & Roses, em Londres, e são perfeitas para isolar a sala, ao mesmo tempo que conferem ao ambiente um ar acolhedor e confortável que ajuda muito à sensação de conforto térmico.

Afaste a mobília de orifícios de ventilação

Já descobriu as entradas de ar frio? Então nunca é demais avisar: – antes de o frio entrar disponha os seus móveis de forma a rentabilizar as fontes de calor e evitar sensações térmicas desagradáveis. Dito de outra forma, afaste a mobília mais funcional, como sofás, cadeiras e mesas de refeições, de ventiladores ou outras fontes de correntes de ar. Não há nada mais desagradável do que estar a jantar com os pés gelados!

Controle a temperatura com um termostato

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Manter uma temperatura estável é muito importante para evitar perdas de calor e gastos extraordinários com o aquecimento. As temperaturas recomendadas para manutenção do conforto térmico em sua casa são entre 21 e 25ºC durante o dia, e entre 15 e 17ºC durante a noite. Para manter estas temperaturas controladas use um termóstato. E se for automático é ainda mais eficiente, pois evita aquecimentos forçados ou acima dos valores que estipulou.

Se acha que os 15 ou 17ºC à noite são temperaturas muito baixas para si, aumente-as. Mas tenha em linha de conta que estudos apontam para que temperaturas mais baixas durante o sono ajudam a dormir melhor e a ativar o metabolismo. Simplesmente cubra-se com mantas quentinhas!

A sua área de residência é mesmo muito fria? Então leia também o artigo ’Como proteger a sua casa contra o frio extremo

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