APTO ANTONIO CARLOS, Mauricio Arruda Design Mauricio Arruda Design Salas de estar ecléticas
APTO ANTONIO CARLOS, Mauricio Arruda Design Mauricio Arruda Design Salas de estar ecléticas

A planta original desse apartamento, a duas quadras da Avenida Paulista eraoriginalmente toda compartimentada em áreas de serviço, social e intimo. Seuprimeiro morador comprou o imóvel no ano de 1957, ano em que a cidade tinhaapenas 2,6 milhões de habitantes e o centro financeiro se deslocava pelaprimeira vez do centro histórico para uma área planejada. Atualmente, a cidadede São Paulo tem 20 milhões de habitantes porém, o edifício a duas quadras daavenida mais emblemática e movimentada da cidade São Paulo e talvez do Brasil,ainda conserva o charme do modernismo brasileiro.Com o objetivo de valorizar ao máximo a área social de convívio do apartamento,o arquiteto e designer de produtos Mauricio Arruda remodelou toda adistribuição dos espaços internos, resgatando materiais de revestimentocaracterísticos da época de construção do edifício. Com uma área de 150m2, esseapartamento característico dos anos 60 no Brasil, revelou seu potencial deatualizar-se as novas necessidades quando todas as paredes foram derrubadas eapenas um pilar central manteve-se no centro da área social.A principal mudança em planta, alem da quebra de muitas paredes foi oreposicionamento da área da cozinha para onde originalmente se encontrava umdos quartos do apartamento na planta original. Alem disso os dois banheiros queserviam aos quartos foram transformados no banheiro da suíte principal e olocal onde encontrava-se a cozinha transformou-se em quarto de hospedes. Oantigo banheiro de serviço foi ampliado para atender tanto aos visitantes comoaos hospedes. A área de serviço ocupa o local onde originalmente ficava odormitório de empregados.Muitos revestimentos usados em pisos, bancadas e paredes remetem a aoperíodo em que o prédio foi construído, agora utilizados dentro de um contextomais contemporâneo, como por exemplo, os piso de granilite dos banheiros elavanderia. Alem disso, alguns materiais originais foram reutilizados no novo projeto, como por exemplo, os azulejos verdes usados nas paredes do chuveiro,as maçanetas de vidro das portas e as arandelas que ficam na parede da suíteprincipal.O piso de madeira maciça sofreu uma tingimento na cor preta para que osinúmeros complementos feitos entre os ambientes nos locais onde existiam asparedes não comprometesses a unidade de todo o espaço. Esse piso combinadocom as paredes totalmente brancas criam um espaço neutro onde o mobiliário,objetos, obras de arte e protótipos de móveis podem destacar-se.Junto da porta de entrada, os móveis da José Collection anunciam o estilo hi-lobrasileiro do morador. “Reformei esse apartamento para que funcionasse comoum laboratório das idéias que me atormentam. Ele é o reflexo do meu estado deespírito, das minhas memórias, do meu olhar sobre as coisas, daquilo que mechama atenção no mundo.”No living, banhado de luz natural filtrada pela copa das árvores plantadas naocasião da construção do edifício, destacam-se as almofadas com tecidos damarca brasileira FAAUNA (www.faauna.com) no sofá MICASA(www.micasa.com.br) e a luminária George Nelson. As poltronas e as mesas decentro, assim como muitos outros móveis e objetos fazem parte da coleçãoparticular do morador, acostumado a garimpar peças em lojas de mobiliáriovintage brasileiro das décadas de 50, 60 e 70. Nas paredes do living além domapa do Brasil, que revela uma paixão do arquiteto pelo seu país, fotos de FelipeMorozini, Marcel Gauteroth, TATOO e ilustração de XXX.Na sala de jantar a mesa HOUSE OF CARDS, desenhado por Mauricio Arruda,convive em perfeita harmonia com as cadeiras verdes dobráveis AIR, Tom Dixon.Na parede, mais obras de artistas brasileiros como SO VENDO A VISTA, Marepe,Barsotti e Ernesto Neto, além do tecido PANTON trazido de Berlim e a foto deinfância ao lado do irmão.No sala de tv, uma porta de correr possibilita o isolamento do espaço para maiorconforto dos eventuais hospedes quando o sofá Florence Knoll funciona comcama. Nesse espaço a foto de ROSA dialoga com as gravuras do grande ilustradorpopular brasileiro XXX. A mesa de centro em jacarandá é uma peça original domestre do mobiliário brasileiro Sergio Rodrigues. A poltrona branca de ferroaramado de autor desconhecido é uma peça original da década de 60 fabricadano Brasil para varandas e piscinas.Para iluminar o banheiro principal Mauricio instalou um letreiro da companhiaaérea PAN AM comprado num depósito de letreiros na periferia da cidade. Em2007, uma lei municipal intitulada “ Cidade Limpa” obrigou a retirada de todosos letreiros com mais de 1m2 das fachadas comerciais. “Com a retirada deletreiros e outdoors muitas fachadas de edifícios com valor arquitetônicorelevante antes cobertas por publicidade voltaram a ser apreciadas pelapopulação. A inspiração para meu trabalho vem muito da rua, das pessoas quetrabalham e circulam nela. Gosto de observar os camelos, os catadores de lixo, aspessoas no metro, as lojas populares, etc. O brasileiro é um povo bem humorado,sabe improvisar, é simples, colorido e diverso. Busco essas qualidades no meu trabalho.

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