Existe um momento em
que arquiteto e cliente estabelecem um acordo tácito que extrapola
as regras do contrato formal. Nesse acordo, as subjetividades de
ambos se encontram, a empatia se estabelece em determinado grau e o
processo criativo entra em ação. As ideias são expostas, as
informações trocadas são assimiladas e o projeto passa a tomar
forma; o caminho que vai do abstrato ao concreto começa a ser
percorrido; os recursos gráficos vão definindo a forma até chegar
ao resultado final: a obra
. Esta, tanto como projeto
quanto como construção, é, então, o fruto deste encontro. Quanto
maior este afinamento, melhor o resultado.
O projeto aqui apresentado, que consiste em uma das minhas mais bem sucedidas experiências nesse aspecto, revela não só os diversos desejos do arquiteto – expressos em sua linguagem pessoal – mas também do cliente em busca de sua casa. Assim, as subjetividades emergem na proposta desenvolvida pelo arquiteto avalizado para traduzir o desejo do cliente.