A ideia era uma casa de interiores contemporâneos, com base na arquitetura modernista brasileira, que explorasse bastante a relação interior e exterior. E que fosse generosa no que se refere aos quartos de hóspedes, já que os clientes recebem muitos amigos e parentes, além de tirar vantagem da vista para o mar de todos os pontos da casa. Pelos ambientes serem de fácil circulação, a família também se integra mais.
O projeto parte de três partidos. O primeiro, visual – a casa aponta para a Baía Norte, entre a Ilha de Santa Catarina (Florianópolis) e a parte continental, contemplando a Ponte Hercílio Luz. O segundo, o uso da topografia – o terreno íngreme define as locações dos volumes da casa. Por último, a localização do lote no condomínio, o mais próximo do acesso à rua.
A topografia foi definitiva enquanto condicionante do projeto. Os três volumes acompanham as ascensão do terreno, estando a garagem junto ao leito da rocha, sobre este a área social, serviços e estar íntimo e, por último, o volume dos quartos, flutuando sobre a sala envidraçada.
As funções sociais, íntimas e de serviço são bem definidas, tanto pelos volumes quanto pela sua localização no conjunto, e comunicam-se através da circulação vertical.