Nesta pequena quinta no seio de uma aldeia alentejana, as várias zonas de estadia que criámos são ligadas por uma rede orgânica de caminhos, constituindo espaços de ócio e lazer que, na melhor tradição portuguesa dos jardins do sul, ora convidam à deambulação ora incitam à pausa. Dois elementos de água acrescentam frescura e vitalidade ao jardim. Um desenho funcional e orgânico permitiu unificar todo o espaço, ao mesmo tempo em que procurou disseminar pelo jardim diversos pontos de atracção (bancos, afloramentos rochosos, florações, elementos aquáticos, talhas centenárias) de modo a multiplicar os seus motivos de surpresa. Permitiu igualmente contrapor zonas de intimidade à abertura pontual de vistas para as paisagens de montado em redor. Por fim, deve destacar-se o uso de materiais locais como os cubos de granito amarelo do Vimieiro ou o tijolo de burro de Montemor-o-Novo.