A Instalação efêmera na praia de Copacabana, como parte integrante dos eventos da Conferência RIO+20, teve como objetivo promover a discussão entre fragilidade, improviso e resistência das autoconstruções nas cidades brasileiras.
A inspiração nasceu da morfologia encontrada nas favelas do Rio de Janeiro. Os labirintos complexos, resultantes da acumulação de pequenas edificações que se adaptam à topografia acentuada dos morros, formam um cenário de grande contraste em relação à cidade formal. Se a instalação tem um exterior de forma simples, desvela no seu interior a complexidade e a fragmentação das favelas. A utilização de um material “alternativo” se deu através da opção de empregar algo que fosse universal e flexível, capaz de formar uma estrutura temporária leve e isostática que pudesse ser reutilizado após os eventos. Dessa forma, foram utilizadas caixas e lacres de plástico característicos do cotidiano carioca, e areia da praia para conferir estabilidade ao conjunto. Em função do arranjo das caixas vazadas, ergueu-se em apenas um dia o pavilhão translúcido de percurso interessante, capaz de despertar diferentes sensações devido ao aproveitamento da ventilação e iluminação naturais, e ao jogo de iluminação com leds durante a noite.